quarta-feira, 28 de março de 2012

AÇÚCAR REFINADO: O PERIGO BRANCO
O açúcar refinado deve ser considerado como um produto quimicamente ativo, pois se trata de uma substância resultante de um processo de purificação, um concentrado. São retiradas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas, impurezas etc. O produto final é a sacarose concentrada a mais de 90%, um carboidrato de elevado poder calórico e de liberação de glicose no sangue. Um alimento vazio de nutrientes, ao contrário, rico em aditivos e resíduos de um processo físico-químico, razão pela qual devemos considerar o açúcar como um não alimento, zero de energia vital.
Além do risco de engordar, há ainda outro ponto que reforça a necessidade de moderação no consumo de açúcar. A ausência de nutrientes faz com que ele seja digerido quase que instantaneamente, o que provoca uma rápida elevação nos níveis de glicemia e otimiza o depósito de gordura nas células.

Para que serve o açúcar?
Todo alimento que contém carboidratos em sua composição vai ser convertido em glicose (açúcar) no organismo e se consumido em excesso vai ser estocado em forma de gordura, causando o excesso de peso e doenças como: Diabetes, Colesterol alto, Triglicerídeos alto por exemplo.
O açúcar atua no fornecimento de energia ao corpo, que quando não utilizada, gera acúmulo de gordura.
O corpo humano não necessita de açúcar refinado. O que ele realmente necessita é de glicose, ou seja, o tijolo básico dos carboidratos. Mas essa glicose pode ser facilmente obtida a partir de uma alimentação balanceada, onde frutas, cereais integrais, legumes e hortaliças são consumidas diariamente.
A glicose é o principal combustível de ser humano, portanto é muito importante, pois gera energia de crescimento, regeneração, movimento, pensamento e manutenção. Assim, consumida da forma correta, de fontes naturais, que inclusive o organismo precisa digerir para obtê-la, existem tempos e condições que só fortalecem e favorecem o organismo.

Os alimentos possuem tipos de açúcar (carboidratos) diferentes:
* Carboidratos simples: são mais facilmente quebrados no processo digestivo e assim, fornecem energia imediata.  Fontes: Frutas (frutose),Leite e seus derivados (lactose), legumes, Doces, Mel, Açúcar de mesa (sacarose).
* Carboidratos complexos: garantem uma saciedade prolongada por terem digestão mais lenta.

 Encontrados nos cereais, arroz, pães e massas, eles são ainda mais eficientes quando obtidos pela versão integral, pois as fibras colaboram para que o estômago demore mais tempo para pedir comida.


Veja a seguir a quantidade de açúcar (carboidrato) de cada tipo de alimento:
E aí reside o problema!
O açúcar consumido em excesso gera  acúmulo de energia de reserva (gordura estocada no organismo). E, uma vez ingerido, para onde vai este excesso? 
• Depósito de gordura corporal nas vísceras, órgãos, sistemas...
• Maior demanda de energia metabólica (estresse metabólico) para contornar as desarmonias energéticas geradas;
• Envelhecimento precoce, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a ser um "estorvo" metabólico;
• Estímulo excessivo do pâncreas;
• Depressão do sistema imunológico, incluindo problemas como doenças repetitivas;
• Desmineralização orgânica, incluindo problemas de anemia, dentes e ossos;
• Subnutrição pela depressão de enzimas digestivas, portanto pobre aproveitamento e fixação de nutrientes e;
• Problemas digestivos, gases, constipações, etc

As muitas variações de açúcar
Apesar de o uso do açúcar refinado ser mais comum, certamente você já topou com os outros tipos de grãos no mercado. Na lista variada, encontramos o açúcar cristal, o de confeiteiro, o mascavo, o light e o orgânico. A diferença entre eles se resume nas etapas do processo de produção, confira:

Açúcar cristal: para que o resultado seja este tipo de açúcar, o caldo de cana passa por processos de purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e, por último, pela secagem. A partir do açúcar cristal outros tipos de açúcar, como o refinado e o confeiteiro, são obtidos. O açúcar cristal, portanto, passa por menos processos na hora de ser preparado.

Açúcar refinado: tipo de açúcar conquistado a partir da diluição do açúcar cristal. A calda obtida passa por diversos processos até chegar ao peneiramento. A porção mais fina é separada para a obtenção do açúcar de confeiteiro e, o restante, é o açúcar refinado. 

Açúcar de confeiteiro: após o peneiramento do açúcar para a separação dos grãos que vão dar origem ao açúcar refinado e de confeiteiro, amido é adicionado. A finalidade da junção é evitar a aglomeração dos pequenos cristais, formando assim, o açúcar de confeiteiro.

Açúcar light: ele é obtido a partir do açúcar refinado, quando o adoçante artificial chamado sucralose. Com o poder de dulçor 600 vezes maior que o da sacarose, o adoçante garante que a ingestão calórica seja menor, quando comparado ao consumo de açúcar refinado.

Açúcar mascavo: por não passar pelo processo de refinamento, a qualidade nutricional do açúcar mascavo é melhor, em relação ao açúcar refinado. Ele apresenta vitaminas e minerais que não estão presentes na versão refinada.

Açúcar orgânico: o diferencial deste tipo de açúcar é que a cana utilizada em sua fabricação é cultivada sem fertilizantes químicos. Além disso, o açúcar orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, desde o plantio até a etapa final. Suas características nutricionais se assemelham com as do açúcar mascavo. Portanto, apresenta uma quantidade maior de vitaminas e minerais em relação ao açúcar refinado.

Conselho:
Lembrar que doces, pães, bolos e tortas vêm acrescidos de açúcar. Essa, inclusive, é uma das causas da alta quantidade calórica que eles apresentam. Mas não é por isso que você precisa radicalizar. Os doces não precisam ser riscados do seu cardápio, principalmente se você faz parte do fã-clube deles. O segredo é a moderação. E não só nas tentações mais óbvias. Se você consome muitos cafezinhos ao longo do dia e usa açúcar para adoçá-los, sua dieta está em risco. Cada colher de chá de açúcar tem 20 calorias.

Portanto, muitos dos alimentos que consumimos possuem um tipo de açúcar e uma quantidade diferente dele em sua composição. Podemos escolher o melhor tipo para ser consumido e melhorar a qualidade da nossa alimentação  preservando a nossa saúde.


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